anta

anta
eu não sei ler blog

sexta-feira, 11 de julho de 2008

justiça


Puxa vida, a Polícia Federal
encanou Nahas, Pitta e Daniel Dantas,
em uma operação sensacional,
a mais gorda, talvez, de várias quantas...

Mas estes conhecidos sacripantas,
filhos da impunidade nacional,
se sabe que sairão aí pelas tantas
pois aqui tudo compra o capital...

A polícia de Lula, isso malgrado,
por com a lei haver incomodado
a máfia que o país rouba e macula,

merece parabéns!... Falta-lhe só
se encher de mais coragem e, sem dó,
nas grades pôr também o próprio Lula...

09/07


Necessitou-se menos de dois dias
para que o juiz maior desta nação
lançasse aval a vis patifarias
ao tirar Dantas e outros da prisão...

É sempre assim... Além das mordomias,
ladrões de gola branca têm à mão
a justiça venal e suas crias,
inclusive no máximo escalão...

Quando o bandido é rico, não tem jeito,
um alto magistrado logo vem
e, invocando as entranhas do Direito,

o tira da cadeia... E conjetura
o fato leva a me fazer também
sobre os preços da indústria da soltura...

10/07


Mal acabara de tirar da pena
a indignação pela soltura havida,
a polícia, em surpresa não pequena,
põe Dantas novamente sob guarida...

Enquanto isso, a justiça, sempre amena
com os donos dos lucros desta vida,
libera os outros dois ― e segue em cena
a comédia de absurdos consentida...

Nessa queda de braço entre a justiça
― com meu jota minúsculo ― e a polícia,
o grande perdedor da eterna liça

é o povo brasileiro, é este país,
que sofre dos bandidos a sevícia
e os vê safarem-se ante o seu nariz...

11/07
Dantas voltou à cela mas, no ato,
o ministro prestíssimo Gilmar
renovou à nação o desacato
e outra vez, com a pena, o fez soltar...

Ao decisão inadmissível dar,
o togado sujeito encheu o prato
da discórdia no triste lupanar
em que o país se transformou de fato...

E lembro que o Supremo Tribunal
é da justiça a terminal instância,
aonde vão os processos ao final,

porém, se o recorrente é muito rico,
mitiga um juiz de lá pronto sua ânsia
— e jogue-se a decência num penico...


13/07












terça-feira, 1 de julho de 2008

a waldemar setzer

Vi na televisão um velho amigo
que teve a vida entre computadores,
um expert certamente nesse artigo,
contar, em advertência, seus temores...

Na opinião desse sábio, que comigo
anotei – e concordo em seus teores –
não merecem as crianças o castigo
de essas máquinas ter por professores...

É coisa para adultos... Deve a infância
brincar à moda antiga, em consonância
com o mais adequado à sua idade...

A inclusão digital a qualquer preço,
ensandecendo os jovens no começo,
temo-a uma cruz de nova sociedade...


A Valdemar Setzer

21/06